sexta-feira, 15 de outubro de 2010

revolução industrial

A Revolução Industrial consistiu num conjunto de mudanças tecnológicas profundas na economia, que transformaram a humanidade a partir do século XVIII, prolongando-se pelo XIX. A partir desse momento, a máquina foi suplantando o trabalho humano e uma nova relação entre o trabalho e o capital se impôs.
Junto à Revolução Industrial emergiu um novo sistema econômico, social e político, o capitalismo, que se tornou hegemônico ao longo do século XIX.

Fatores que levaram à Revolução Industrial

a) Acumulação de Capital: graça principalmente à exploração do mundo colonial.
b) Existência de Matérias-Primas: o algodão é a matéria-prima essencial, uma, vez que o sistema de maquinofatura pressupõe produção de artigos de consumo de massa; um país industrial deve dispor de jazidas de carvão.
c) Mão-de-Obra Disponível: Esse trabalhador foi “produzido“ pela expropriação, também no período de transição (Idade Moderna).
d) Mercados Consumidores: Antes, produzia-se de acordo com o mercado, agora, o mercado é criado de acordo com a produção.

Berço da revolução Industrial: Inglaterra
Teve início na segunda metade do século XVIII e, durante o século XIX, estendeu-se para outros países da Europa, como Estados Unidos e o Japão.
Os principais fatores que determinaram o pioneirismo inglês foram os seguintes:
• Disponibilidade de Capitais: A Inglaterra foi o país que mais lucrou e mais riquezas acumulou durante a Revolução Comercial.
• Supremacia Naval: Os Atos de Navegação de 1651 (Cronwell) conferiram à Inglaterra o domínio do transporte marítimo e, conseqüentemente, do comércio mundial. Além disso, possuía muitas colônias.
• Disponibilidade de Mão-de-Obra: Nos séculos XVI e XVII os nobres ingleses expulsaram os camponeses de suas terras e apossaram-se delas (política de cercamento). Esse procedimento provocou uma grande migração de mão-de-obra do campo para as cidades, onde a oferta de trabalho tornou-se muito superior à de empregados, produzindo, em conseqüência, um rebaixamento no nível dos salários.
• A Contribuição dos Huguenotes: A Inglaterra abrigou em seu solo os huguenotes (calvinistas franceses) que, além de capitais, possuíam experiência empresarial.
• A Instauração da Monarquia Parlamentar: A Revolução Gloriosa de 1688 estabeleceu na Inglaterra a supremacia do Parlamento sobre a monarquia. Isso possibilitou à classe burguesa maior participação na vida política e econômica do país.
• A Ideologia Liberal: O triunfo do liberalismo criou na Inglaterra um ambiente propicio à industrialização. O liberalismo criticava o mercantilismo e defendia a livre concorrência.
• A posição geográfica: o Fato da Inglaterra ser uma ilha contribui para preserva-la das devastações pelas guerras européias da Época Moderna.
• Inovações tecnológicas: energia mecânica.
• Grandes Jazidas: Existência de jazidas de ferro e carvão, necessário para a fabricação de novas máquinas e como fonte de energia.

PRIMEIRAS LUTAS OPERÁRIAS
Ludismo: Os operários, os artesãos arruinados e os desempregados reagiram de forma espontânea à exploração capitalista. Acreditavam que os responsáveis por sua miséria e desemprego eram as máquinas e passaram a destruí-las. Esse movimento de quebradores de máquinas (1811-1812) foi liderado por um artesão empobrecido chamado Ned Ludman, e ficou conhecido como ludismo.

Cartismo: Foi com o cartismo, em 1838, que o movimento operário inglês assumiu maiores proporções. O cartismo teve origem num documento chamado Carta do Povo, que seus lideres enviaram ao Parlamento inglês e onde exigiam: abolição da renda mínima exigida aos candidatos ao Parlamento, sufrágio universal masculino, parlamento anuais, e voto secreto.
O movimento cartista surgiu liderado por burgueses mais esclarecidos que queriam reformar constituição e as leis eleitoral inglesas.
Condenavam o luxo dos ricos e a miséria dos, pobres e exigiam salários mais altos, menor jornada de trabalho e uma legislação trabalhista.

CONSEQUÊNCIAS DA
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:
• O surgimento de novas classes sociais: Os capitalistas: os donos do capital e dos meios de produção que vivem da exploração do trabalho do proletariado. Os Proletários: força de trabalho assalariada que vivem na dependência dos capitalistas.
• Universalização do trabalho livre e assalariado.
• Ampliação da oportunidade de educação, resultante da elevação do nível de vida da população.
• Êxodo Rural.
• A ascensão econômica, social e política da burguesia.
• Crescimento das cidades.
• Organização de grupos profissionais em sindicatos.
• Aumento da população mundial.
• Substituição do trabalho nas oficinas (artesanato) pelo trabalho nas fábricas (manufatura e maquinofatura).
• Imperialismo Econômico: domínio de uma nação sobre as outras.


• O colonialismo: surgem disputas entre os países europeus para criarem ou controlarem colônias na Ásia e na África com o objetivo de obterem matérias-prima para a indústria e mercado para seus produtos.
• Interferência dos governos para corrigirem os problemas sociais gerados pela industrialização.
• Aparecimento de novas doutrinas políticas, sociais e econômicas.
- Socialismo Utópico, Espiritualização ou Romântico
- Socialismo Científico
- Anarquismo
- Socialismo Cristão

Atualmente, as grandes empresas tendem a uma atuação cada vez mais intensa nos mais variados países, diretamente ou através de subsidiárias Por isso, são chamadas de multinacionais. Por outro lado, tendem a diversificar os investimentos para as mais variadas áreas, como diz Celso Furtado, desde a fabricação de helicópteros até a criação de galinhas. É um meio de garantir o crescimento quantitativo do mercado. Devido a isso, tais empresas constituem conglomerados.

1ª Fase (± 1760/80 - 1860)
Inglaterra, Bélgica, França
Ferro
Vapor
Têxtil (algodão)
Competitivo ou Livre-Concorrência
(predomínio do capital industrial)
Exploração em larga escala do trabalho infantil e feminino.
Jornadas de trabalho de até 16, 18 horas por dia. Reação dos trabalhadores através do movimento ludista e do cartismo.

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