segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Iluminismo e revolução Francesa

Iluminismo!
Contesta o Antigo Regime
Mov. De renovação filosófica e intelectual
Século das Luzes – Ilustração
Pensadores acreditavam: razão e no progresso
Três princípios básicos: universalidade, individualidade e autonomia
Nem todos os filósofos eram burgueses e não havia uniformidade de pensamento.

Pensadores
John Locke – Defende a idéia de governo limitado. Obra: segundo tratado do Governo Civil
Montesquieu - - Cartas Persas e Espírito das Leis – sua maior contribuição foi a doutrina dos 3 poderes
Voltaire – crítico da religião e da monarquia. Escreveu: o ingênuo, tratado de Metafísica...não era ateu. “ Se Deus não existisse, seria necessário inventá – lo”
Rosseau – polêmico- amado e odiado – obra: O contrato social. Segundo ele a soberania reside no povo. Criticava a propriedade privada.

Teorias Econômicas do Iluminismo – Saber!!!
Escola Fisiocrata ou Agrarianista – A terra era fonte de riqueza – Quesnay, Turgot e Gournay
Liberalismo Econômico – O trabalho era fonte de toda riqueza. Adam Smith – pai do liberalismo – obra Riqueza das Nações.
Enciclopédia - organizada por D´Alembert e Diderot – resumo do pensamento iluminista. Constituída de 35 volumes e 130 colaboradores.


Despotismo Esclarecido
Tinha por objetivo racionalizar a administração, a taxação de impostos e incentivar a educação.
Tentavam manter um equilíbrio entre os ideais iluministas e as idéias absolutistas.
Principais:José II da Áustria – Catarina II da Rússia, Frederico II da Prússia, Marquês de Pombal – 1o. Ministro de Portugal

Revolução Francesa
Movimento burguês que derrubou o absolutismo na França.teve apoio popular
França Pré- Revolucionária- conservava uma estrutura ultrapassada
Era governada por um rei que ainda mantinha as práticas mercantilistas
Desde 1614 o parlamento francês não era convocado – Estados Gerais

Sociedade - saber!!!!
Primeiro Estado – clero – 1% da pop. 20% das terras – não pagavam impostos
Segundo Estado – Nobreza – 2% da pop. 35% das terras – não pagavam impostos
Terceiro Estado – burguesia, trabalhadores rurais e urbanos – 97% da pop. 45% das terras – pagavam impostos

Crise financeira
Grave crise econômica de subprodução devido a grande seca.
Falta de alimentos, resultou a alta dos preços e redução dos salários, mas os impostos continuavam sendo cobrados.
Governo francês:o rei era assistido por diferentes conselhos, muitos dialetos,variação dos pesos e medidas
Luís XVI: começou a governar com 19 anos, era um governo fraco – esposa Maria Antonieta - austríaca

Causas da Revolução Francesa
Crise financeira
As desigualdades sociais
As idéias iluministas
A insensibilidade das elites
O descontentamento da burguesia
A oposição ao mercantilismo
A permanência de características feudais
O descontentamento entre o grau de desenvolvimento das forças produtivas
O exemplo dos Estados Unidos

A revolta Aristocrática ou Nobiliárquica
Por sugestão do ministro Necker, Luis XVI decide ampliar a cobrança de impostos para o 1 º e 2 º Estados, Convocando a Assembléia dos Notáveis – 1787, que não aprovou opondo-se ao Estado Absolutista.

Assembléia dos Estados Gerais
Fase nitidamente burguesa da revolução
Causa imediata: crise financeira, a bancarrota da França, o que levou Luis XVI convocar os Estados Gerais
Boicote nos E. Gerais do 3º Estado – quanto ao no. De participantes dos três estados, e a votação feita por cabeça e não por estados.
Consequências: o terceiro Estado, alguns deputados do clero e da nobreza retiram –se dos Estados Gerais e proclama-se em ASSEMBLÉIA NACIONAL , que mais tarde passa a ser Assembléia Nacional Constituinte

Assembléia Nacional Constituinte 1789-1791
Tomada da Bastilha – 14 de julho de 1789
Lei de Chapellier – proíbe greves, protestos e organizações de trabalhadores
Supressão dos privilégios feudais – devido ao Grande Medo
Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão
Secularização dos bens do clero e constituição civil do clero
Lançamento do dinheiro da revolução ‘ OS ASSIGNATS
Marcha das mulheres – transladou a família real do Palácio de Versalhes para o das Tulheiras
A Áustria e a Prússia ameaçavam a invadir a França . Declaração de Pillnitz
Promulgada a constituição de 1791 – liberal, separação dos poderes, monarquia constitucional, voto censitário e descentralização administrativa
O rei fugiu juntamente com a família real e são obrigados a voltar e a aceitar a constituição

Assembléia Legislativa 1791-1792
Fase curta e transitória com muitos problemas.
Foi composta pela grande maioria da alta burguesia.
Os feuillants – favoráveis a manutenção da monarquia constitucional
Os Girondinos – favoráveis a derruba do rei e a instauração da república
Os jacobinos – pequena a média burguesia, adeptos da república
Os cordeleiros – camadas mais populares também adeptos da república

Principais realizações
Os parlamentares obrigam o rei a declarar guerra a Áustria
O povo invade o palácio de Tulheiras e aprisiona a família real
É instaurada a Comuna Insurrecional de Paris. O povo recebe armas (sans-culottes)
Líderes: Marat, Robespierre e Danton
A Prússia invade a França e marcham para Paris
Massacre de Setembro: a Comuna Insurrecional ataca o clero, nobres e parentes emigrados.
Batalha de Valmy: o exército prussiano é vencido pelos sans culottes
A assembléia legislativa é substituída pela CONVENÇÃO NACIONAL, eleita pelo sufrágio universal, é o fim da monarquia constitucional
É proclamada a República na França.


Convenção “Fase do terror” 1792-1795
Fase mais popular da revolução – pequena burguesia progressista no poder
Principais realizações:
Set-1792 – aumenta as tensões ideológicas entre os deputados. Definem-se os partidos
Girondinos – direita -alta e média burguesia, assumem posição conservadora
Jacobinos – esquerda – também chamados de montanha. Pequena burguesia e camadas populares. Líderes: Robespierre, Saint – Just e apoiados pelos sans-culottes
Pântano – centro – caracterizavam-se pela indefinição política
Dez-1792 - o rei Luís XVI foi acusado de traição- contra revolução
Jan- 1793 – Luís XVI foi executado na guilhotina
Fev- 1793 - A França declara guerra à Inglaterra, e a seguir `a Espanha, Toscana, Nápoles e Veneza
Mar – 1793 – Revolta da Vendéia – Camponeses se rebelam contra o alistamento obrigatório. O clero e os monarquistas se aproveitam para insuflar a contra revolução
É instaurado o Tribunal Revolucionário

Forma-se a Primeira Coligação – Composta pela Inglaterra, Àustria, Prússia, Espanha, Holanda Sardenha e Rússia.
O governo Ditatorial criou:
Junta de Salvação Pública – controle do exército a fim de garantir a segurança pública.
Comissão de Segurança Nacional – encarregada da administração do país.
Tribunal revolucionário – vigiar, prender os traidores e opositores
Grande ditador Robespierre

Importante!!! Apesar do terror houve grandes realizações
Adoção do sistema métrico decimal
Sufrágio universal e Construção do LOUVRE
Remodelação da Academia e do Colégio da França
Introdução de um novo calendário
Abolição da escravidão nas colônias
Lei do Máximo- tabelando o preço dos cereais e mais tarde estendido a outros produtos e os salários fixados
Reforma Agrária – confisco das propriedades dos nobres emigrados
Reação Termidoriana - organizada pelo pântano –centrista desfechou o golpe do Termidor contra Robespierre. Com isso, houve o encerramento da fase popular e o fim da revolução
Out- 1795 – os monarquistas tentam dar um golpe sendo sufocados por Napoleão Bonaparte.
Em 26-10-1795 – A convenção se dissolve e inicia- se o Diretório. É votada uma nova constituição que acaba com o voto universal e restabelece o voto censitário
O poder legislativo é entregue a a 2 câmaras: O conselho dos Quinhentos e o Conselho dos Anciãos O poder executivo fica com 5 diretores eleitos pelo legislativo - diretório

Diretório 1795- 1799
Out – 1795 – inicia-se o diretório – tendo por característica os desmandos políticos – crise financeira na França
Mar – 1796 – Começa a Campanha na Itália – As sucessivas vitórias comandada por Napoleão e a cobrança de impostos fazem o diretório sair da crise.
Mai – 1796 - Conjura dos Iguais – movimento pop. Liderado por Graco Babeuf, o qual propõe a tomada do poder pela força e o fim da propriedade privada
Out – 1797 – Napoleão assina a paz de Campo Fórmio com a Áustria
Mai – 1798 – Campanha do Egito contra os ingleses liderada por Napoleão
Março – 1799 – forma-se a segunda coligação – integrada pela Inglaterra, Áustria, Rússia e Turquia.
Out – 1799 – Napoleão desembarca na França e é atraídos pelos membros do Diretório a fim de evitar um golpe dos monarquistas.
Nov- 1799 – Golpe dos 18 Brumário. A alta burguesia chega ao Poder.

Período Napoleônico 1799-1815
Consulado – 1799 – 1804 - significou o início do poder de Napoleão.
No plano externo – derrotou as coligações anti-francesas.
1802 – Paz de Amiens – com a Inglaterra
Código Civil Napoleônico – A institucionalização dos ideais burgueses - liberdade, igualdade e fraternidade. Garantiu a propriedade privada, liberdade individual, igualdade perante a lei, proibiu greves, sindicatos e previu punições para os grevistas.

Reformas Napoleônicas - Consulado
Saneamento financeiro através da coleta centralizada de impostos
Fundação em 1800 do banco da França
Criação da Sociedade de Fomento “a indústria
Realização de obras de infra – estrutura
Incremento da agricultura
Reorganização do ensino – implantação de escolas secundárias e superiores
Criação da Escola Norma de Paris
Concordata com o Papa Pio VI que estabeleceu a nomeação dos bispos pelo consulado, liberdade de culto, reconheceu o catolicismo como a religião da maioria dos franceses.

Império Napoleônico 1804-1814
Fez-se coroar Napoleão I
Começou a lutar contra o imperialismo inglês: nação capitalista burguesa X Europa continental Absolutista e aristocrática.

Declínio do Império Napoleônico - fatores
Nacionalismo das nações conquistadas
Fracasso do Bloqueio continental – 1806
A formação da Quinta coligação
Fracasso militar na Rússia – 1812- técnica da terra arrasada – estimulou os exércitos europeus a lutarem contra a dominação de Napoleão.
Foi derrubado e recebeu como principado a ilha de Elba, o trono restaurado, assumindo Luís XVIII

Governo dos Cem Dias
Em março de 1815 – regressou à França propondo reformas democráticas.
Como o rei era impopular as tropas enviadas passaram a apoiar Napoleão. Chegando como herói, obrigou a família real a fugir
Sua permanência durou apenas 100 dias.
Nova coligação se formou e na Batalha de Waterloo – 1815 - foi preso pelos ingleses e exilado na ilha de Santa Helena onde permaneceu até sua morte em maio de 1821.

Europa Pós Napoleão
Congresso de Viena – 1814-1815
Objetivo – restabelecer o equilíbrio político do continente europeu, prevendo os interesses das monarquias conservadoras.
Principais países: Áustria, Rússia e a Prússia.
Principais propostas: Restauração, Legitimidade e solidariedade

Santa Aliança 1815

Uma organização internacional entre países cristãos que se comprometiam em defender- se mutuamente e a combater os movimentos liberais revolucionários
A Inglaterra negou-se em participar pois apoiava os mov. De independência na América Latina – defensora do Liberalismo
Assumiram o direito de intervir militarmente em qualquer país – conter avanços nacionalistas - Itália e agitações liberais – Espanha
A partir de 1828 começou a enfraquecer a Santa Aliança e o sistema conservador Europeu

Ditadura militar e a nova república

República Militar (1964-1985)
O golpe militar (31/03/1964): Combater a corrupção e a subversão (comunismo).
A intervenção militar era anunciada como passageira: “golpe, limpeza e retorno aos quartéis”.
O Ato Institucional nº 1 (AI-1): que estabelecia eleições indiretas para o próximo Presidente da República e dava ao Executivo Federal, durante seis meses, poderes para cassar mandatos, suspender direitos políticos, modificar a constituição e decretar o estado de sítio.

Castelo Branco (1964-1967)
Adotou o PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo;
Roberto Campos (Min. Planejamento) e Otávio Gouveia de Bulhões (Min. Fazenda);
Combate à inflação e ao déficit público;
Arrocho salarial;
Favorecimento da entrada de capital estrangeiro no país;
Fim da estabilidade do emprego com a criação do FGTS;
Decreto do AI-2: estabelecimento do bipartidarismo (Arena e MDB);
Decreto do AI-3: estendia as eleições indiretas para governadores e prefeitos;
Decreto do AI-4: garantir a aprovação de uma nova Constituição (1967)

Costa e Silva (1967-1969)
Intensificação dos movimentos de contestação do regime;
Criação da Frente Ampla: fazer oposição ao governo;
Mobilização dos estudantes, artistas e políticos;
O assassinato do estudante Edson Luís;
A passeata dos cem mil;
O movimento Tropicália;
Decreto do AI-5.

Emílio Garrastazu Médici (1968-1974)
Auge da ditadura – “Anos de Chumbo”;
Período de forte repressão e tortura;
As guerrilhas: Araguaia (PC do B) e urbana (Carlos Marighella);
Auge do Milagre Econômico Brasileiro (Ministro Delfim Netto);

empréstimos crescimento desenvolvimento
externos acelerado do PIB dependente e sem
conquistas sociais
Ufanismo Nacionalista: “Brasil, ame-o ou deixe-o”, Ninguém segura este país”, “Brasil, conte comigo” e “Pra frente Brasil”;
Construção de obras faraônicas (I PND): INCRA, Mobral, Ponte Rio-Niterói e Transamazônica.

Ernesto Geisel (1974-1979)
Distensão Política, início do processo de abertura política: “Lenta, gradual e segura”.
Crise internacional do petróleo decadência do “milagre brasileiro;
II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento): substituição de importações – petróleo, aço, alumínio e fertilizantes – e bens de capital – máquinas e ferramentas.
Proálcool e assinatura com a Alemanha Ocidental de um Acordo Nuclear (usinas de Angra dos Reis);
Greves dos metalúrgicos em 1978 e 1979 no ABCD Paulista, lideradas por Luís Inácio “Lula” da Silva;
Revogação do AI-5.

João Figueiredo (1979-1985)
Lei da Anistia, ampla geral e irrestrita (exceto os envolvidos em terrorismo e luta armada);
Fim do bipartidarismo e instituição do pluripartidarismo;
Arena  PDS e MDB  PMDB;
O PT, criado em 1979, recebe o seu registro em 1982.
Eleições Gerais (com voto vinculado) em 1982, exceto Presidente da República, o PMDB elege os governadores dos estados mais importantes;
Campanha das “Diretas Já” (Emenda Dante de Oliveira / PMDB – MT), que é rejeitada pelo Congresso Nacional (1984);
Eleições indiretas para a Presidência da República;
Paulo Maluf X Tancredo Neves.


A Nova República
José Sarney (1985-1990)
O Plano Cruzado – Ministro Diison Funaro; baseado no congelamento de preços;mudança da moeda;
Os fiscais do Sarney;
O plano foi boicotado e fracassou;
O governo ainda criou o Plano Cruzado II, Bresser e Verão.
Constituição de 1988 – A Constituição Cidadã – onde vários artigos faltam ser regulamentados e que vem sendo continuadamente reformada. voto facultativo dos 16 aos 18 anos, e obrigatório dos 18 aos 70; direito de voto ao analfabeto; a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível; férias remuneradas acrescidas de 1/3 do salário; jornada de trabalho será de 44 horas, e a hora extra será paga com 50% a mais do valor da hora normal.
O governo termina com uma grave crise econômica.

Fernando Collor (1990-1992)
Plano Collor ou Brasil Novo da Ministra Zélia Cardoso de Mello:
Instituição do Cruzeiro,
Congelamento de preços e salários,
Confisco das contas correntes, poupanças e aplicações do que excedesse 50 mil cruzeiros que seriam devolvidos em 18 meses.
Início efetivo no Brasil do neoliberalismo:
Abertura do mercado nacional aos produtos importados.
Início da privatização de estatais, começando pela Usiminas.
Corrupção – Caso PC Farias:
Passeatas contra o governo: caras-pintadas.
CPI e pedido de impeachment.
Renúncia de Fernando Collor.

Itamar Franco (1992-1994)
Recessão e aumento da inflação;
Corrupção no Orçamento da União (Os Anões do Orçamento – João Alves):
Uma CPI cassou o mandato de 18 parlamentares, sendo que nenhum foi preso.
Plano Real do Ministro Fernando Henrique Cardoso:
Adoção da URV (Unidade Real de Valor).
Criação do Real.
Estabilidade Econômica.
Eleições Presidenciais: sendo eleito Fernando Henrique Cardoso do PSDB em primeiro turno.

Fernando Henrique (1995-2002)
Utilizando o Plano Real como política de campanha Fernando Henrique foi eleito e reeleito (pela primeira vez na História do Brasil), em primeiro turno presidente do país;
Aumento dos juros, queda do consumo e baixa inflação;
Aumento da violência no campo (MST) e nas cidades (crime organizado);
Aceleramento das privatizações (auge do neoliberalismo), sob o argumento de estimular a modernização e saldar a dívida pública;
Emenda da reeleição: presidente, governadores e prefeitos poderiam ser reeleitos;
Instituição da CPMF e da Lei de Responsabilidade Fiscal;
Racionamento energético;
Queda na popularidade do Presidente FHC;


Luis Inácio Lula da silva 2003-2011
Manteve o modelo neo-liberal
PROÚNI
Pagamento da dívida com o FMI
Criação do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento
PRÉ SAL
criação do programa de micro-crédito e de inclusão bancária,
Criação de mais de 4,5 milhões de empregos formais;

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A Era Vargas (1930 – 1945):

“Façamos a revolução antes que o povo a faça!”
Antônio Carlos de Andrada – Presidente de MG.
Governo Provisório (1930 – 1934).
Governo Constitucional (1934 – 1937).
Estado Novo (1937 – 1945).

Populismo:fenômeno típico da América Latina, onde um líder se mostra como representante dos anseios populares e nacionais, colocando-se acima e como mediador das classes sociais, promovendo a intervenção do Estado na economia através de um nacionalismo econômico. É um fenômeno de manipulação das massas populares.
Getúlio Vargas = Brasil.
Lázaro Cardenas = México.
Juan D. Perón = Argentina.

GETÚLIO VARGAS = Pai dos Pobres ou Mãe dos Ricos?

Governo Provisório (1930 – 1934):

Nomeação de interventores federais para os estados (Flores da Cunha no RS);
Criação do Ministério do Trabalho, Industria e Comércio (Lindolfo Collor);
Promulgação de “Leis Trabalhistas”;
Criação da Justiça do Trabalho.
Controle do câmbio pelo governo;
Publicação do Código Eleitoral (instituindo o voto secreto e o voto feminino);
Compra e queima de 78 milhões de sacas de café e proibição de novas plantações do produto para reduzir a oferta;
Criação do Departamento Nacional do Café e o Instituto do Açúcar e do Álcool;
Editado o Código de Minas e das Águas (Nacionalização);

Revolução Constitucionalista de São Paulo em 1932:
A oligarquia cafeeira de SP, destituída do poder político com a Revolução de 1930, aproveitou-se da recessão econômica do período e atacou o centralismo político do governo. Exigiram um interventor paulista e civil em lugar de João Alberto ( tenentista pernambucano) e a imediata convocação de uma Assembléia Constituinte.
As facções oligárquicas do PRP e PD fundaram a FUP (Frente Única Paulista). Manifestações constitucionalistas aumentaram na GB(RJ), MG, MT e RS (sob o comando de Borges de Medeiros), na cidade de São Paulo uma manifestação estudantil terminou com a morte dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, após confronto com a polícia, dando origem ao Movimento MMDC.
Em 9 de Julho eclodiu a guerra civil, com as tropas constitucionalistas comandadas pelo gal Bertoldo Klinger, comandante do estado de MT. A marinha promoveu um bloqueio naval à Santos e depois de três meses de combate as tropas federais venceram as constitucionalistas.
A derrota militar dos constitucionalistas foi acompanhada por uma vitória política: em 1933, Vargas convocou a Assembléia Constituinte.


GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934 – 1937):
Constituição de 1934:
Terceira constituição do Brasil e segunda da República.
Promulgada;
Federação, Presidencialismo e Três Poderes (executivo, Legislativo e Judiciário);
Criação da Justiça Eleitoral;
Criação de uma Legislação Trabalhista (salário mínimo regional, jornada de trabalho de oito horas diárias, descanso semanal aos domingos, férias anuais remuneradas, indenização por demissão sem justa causa, regulamentação do trabalho infantil e feminino e direito a aposentadoria);
Extinção do cargo de vice-presidente da República;
Anistia de todos os presos políticos do país;
Mandato presidencial de quatro anos;
Direito presidencial de decretar estado de sítio por trinta dias;
Elegeu, indiretamente, Getúlio Vargas para a Presidência da República.

GOVERNO CONSTITUCIONAL:
AIB ANL
Ação Integralista Brasileira. Aliança Nacional Libertadora.
Nazi-Fascista. Socialista-comunista.
Líder: Plínio Salgado Líder: Luís Carlos Prestes
“Deus, Pátria e Família” (O Cavaleiro da Esperança)
saudação: anauê Organizada pelo PCB
Os Camisas Verdes. Financiada pela URSS (Internacional Comunista).

Sigma: letra do alfabeto grego (Σ)
correspondente ao “s” latino,
símbolo matemático do somatório.
Anauê: em língua tupi,
“você é meu parente”.
Essa saudação é usada pelos
escoteiros do Brasil desde 1923.

Os membros da ANL eram denominados Aliancistas (sociais-democratas, socialistas, comunistas e anarquistas) e pregavam a nacionalização das empresas estrangeiras, o não pagamento da dívida externa brasileira, a reforma agrária e a garantia das liberdades industriais.

Intentona Comunista (1935): militares ligados a ANL em Natal, Recife e no Rio de Janeiro, tentam tomar o poder, o movimento é rapidamente derrotado.

É criado o Tribunal de Segurança Nacional, que em 1937 condena Luís Carlos Prestes (que passa quase nove anos em uma solitária, até ser libertado em 1945, com a anistia política) e dá início a repressão política.

Utilizando como pretexto o radicalismo político da esquerda, o governo notificou que o serviço secreto do Exército descobrira o Plano Cohen, plano fictício atribuído aos comunistas que pretendiam tomar o poder no Brasil.

Em nome do combate ao “perigo comunista”, Vargas decreta estado de guerra, fecha o Congresso Nacional e instaura a ditadura.

ESTADO NOVO (1937 – 1945):
Ditadura de Getúlio Vargas.
Constituição de 1937:
Quarta Constituição do Brasil e terceira republicana.
Baseada na constituição fascista da Polônia (polaca);
Outorgada;
Extinção dos partidos políticos;
Supressão da federação e de todos os hinos, bandeiras, escudos e armas estaduais e municipais (Estado Unitário);
O Executivo Federal (Presidência da República) de modificar a constituição e governar por decretos;
Introdução da pena de morte;
Proibição de greves e controle dos sindicatos pelo Estado (sindicatos pelegos) e imposto sindical obrigatório.

A Intentona Integralista (1938): a princípio os Integralistas apoiaram o golpe varguista, porém afastados do poder e com o partido na ilegalidade, membros da AIB invadem o palácio presidencial para assassinar Getúlio Vargas. São rapidamente derrotados e presos.
Criação do Dasp (Departamento Administrativo do Serviço Público), corpo de burocratas para supervisionar os interventores nas Unidades Administrativas e reestruturar a administração pública, tornando-se “cabides de empregos” para “apadrinhados”.
Criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), órgão responsável pela censura e propaganda do Estado Novo (criação da Hora do Brasil, depois A Voz do Brasil).
A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), baseada na “Carta del Lavoro” do Fascismo Italiano.
Criação do Senai e do Sesi.
Criação do Instituto do Mate e Instituto do Pinho.
Criação do Conselho Nacional do Petróleo.
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda – Industria de Base.
Companhia Vale do Rio Doce em MG.


Durante o Estado Novo a repressão coube ao DOPS (Departamento de Ordem Pública e Social) e Pela Polícia Especial comandada por Filinto Müller.
O Estado Novo Varguista manteve uma política ambígua em relação ao Eixo e os Aliados (“o Brasil só entra na guerra se a cobra fumar”), porém os estadunidenses, pretendendo utilizar bases no NE para atingir o norte da África, concederam crédito inicial, tecnologia e mão-de-obra especializada para a construção da CSN.
O Brasil declara guerra ao Eixo(agosto de 1942): envio da FEB (“os pracinhas”) e da FAB em 1944.
A OAB e líderes liberais de MG em Belo Horizonte (Manifesto dos Mineiros), manifestam-se contra a ditadura.
A vitória dos Aliados demonstrou a contradição no Brasil: brasileiros lutaram contra ditaduras no exterior quando tínhamos uma no país.
Getúlio Vargas anistiou presos políticos, reatou relações com a URSS, marcou eleições para o fim de 1945 e permitiu a volta de partidos políticos (UDN, PSD, PTB, PCB e PRP).
O Queremismo: surgiu da união entre trabalhistas e comunista, com o apoio de Luís Carlos Prestes. O movimento surgiu do slogan do PTB: “queremos Getúlio”.
Temendo a aproximação de Vargas com a esquerda, o Exército depõe Getúlio Vargas em outubro de 1945.

A REPÚBLICA LIBERAL - POPULISTA (1946 – 1964):
Eurico Dutra – PSD (1946 – 1951):
Eleito com o apoio do PTB e de Getúlio Vargas: “Ele disse: para presidente vote Dutra”.
Constituição de 1946:
Quinta constituição do Brasil e quarta da República;
Promulgada;
República Federativa;
Presidencialismo (com mandato presidencial de cinco anos);
Independência entre os três Poderes;
Autonomia estadual e municipal;
Voto universal e obrigatório para alfabetizados maiores de 18 anos;
Votação para Presidente e Vice-Presidente;
Liberal e redemocratizante.

Alinhamento do Brasil aos EUA no contexto da Guerra Fria (Imperialismo Cultural);
Rompimento das Relações Diplomáticas com a URSS;
Fechamento do PCB;
Os políticos do PCB são cassados;
Aumento das importações e Déficit Comercial;
Aumento do custo de vida;
Proibição de greves e intervenção em sindicatos;

Plano Salte (saúde, alimentos, transporte e energia);
Pavimentação asfáltica Rio-São Paulo (Via Dutra).

Proibição do jogo do bicho e fechamento dos cassinos;

A REPÚBLICA LIBERAL - POPULISTA:
Getúlio Vargas – PTB (1951 – 1954):
Política econômica nacionalista e intervencionista.
Plano Lafer (Horácio Lafer): estímulo a industria de base (Plano Qüinqüenal);
Criação do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico);
Campanha “O petróleo é nosso”, com o apoio de Monteiro Lobato , que culminou em 1953 com a criação da Petrobrás;
Aumento de 100% do salário mínimo, concedido pelo Ministro do Trabalho João Goulart;
Empresários nacionais, associados ao capitais internacionais, financiaram a oposição ao governo através da UDN e do seu líder e governador da Guanabara Carlos Lacerda (dono da Tribuna da Imprensa);
Atentado a Carlos Lacerda (rua Toneleros, Copacabana no Rio de Janeiro);
Suicídio de Getúlio Vargas (24 de agosto de 1954). Carta Testamento: “...saio da vida para entrar na História.”;
Carlos Lacerda foge para Portugal;
Assumem: Café Filho (vice-presidente), Carlos Luz (presidente da Câmara dos Deputados) e Nereu Ramos (presidente do Senado).
Tentativa de golpe dos udenistas (com o apoio de Carlos Luz), que tentam impedir a posse de JK e Jango, acusando-os de “comunistas”e não terem conseguido a maioria absoluta de votos, com o apoio de oficiais da Aeronáutica sediados em Samtarém (PA). A tentativa de golpe foi desarticulada pelo general Henrique Teixeira Lot (Ministro da Guerra).

Juscelino Kubitschek – PSD (1955 – 1961):
JK o presidente Bossa Nova”;
Anistia aos envolvidos ns tentativa de golpe;
Plano de Metas: “50 anos de desenvolvimento em 5 de governo”;

Interiorização do desenvolvimento. Empréstimos e investimentos estrangeiros.
O Plano de Metas previa investimentos em: energia, transporte, alimentação industria de base e educação.
Política econômica modernizadora e desnacionalizadora, criticava os oposicionistas;
Construção de Brasília (Oscar Niemeyer e Lúcio Costa), construída pelos candangos;
Instalação de industrias de bens duráveis, principalmente multinacionais automobilísticas;
No final do governo JK, o país teve um aumento considerável da dívida externa e da inflação (superinflação), o que provocou o aumento do custo de vida e poder aquisitivo do salário mínimo caiu consideravelmente;
Criação da SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste);
Concentração de industrias em SP, Rio e MG.
Início do processo de sucateamento das ferrovias brasileiras, pois o governo federal passou a investir somente em rodovias, satisfazendo os interesse das multinacionais automobilísticas;
O aumento da inflação do custo de vida e da dívida externa, levou o governo a romper com o FMI e a decretar moratória.

Jânio Quadros – PTN (1961):
Eleito com o apoio da UDN: “Jânio Quadros é a UDN de porre!”;
Teve como símbolo de campanha a “vassourinha” que varreria a corrupção da administração pública;
Adoção do câmbio flutuante;
Manteve uma política externa independente:
Reatou relações diplomáticas com a URSS e China Popular.
Condecorou o ministro cubano, o médico argentino e líder revolucionário de esquerda, Ernesto “Che” Guevara, com a comenda da Ordem do Cruzeiro do Sul.
A UDN rompe com o Governo e Carlos Lacerda, em rede de TV, acusa Jânio de abrir as portas do Brasil ao “comunismo internacional”;
Sem apoio Jânio Quadros renuncia(26 de Agosto de 1961): “...forças terríveis levantaram-se contra mim e me intrigam ou infamam... A mim não falta a coragem da renúncia.”
Com a renúncia de Jânio, deveria assumir o vice-presidente. Jango estava em visita oficial a China Popular e era considerado pelos grupos reacionários, simpatizante do comunismo. Setores ligados ao grande capital nacional e internacional, com o apoio de parte das Forças Armadas tentaram impedir a posse de Goulart, quando eclodiu em Porto Alegre, depois se espalhando pelo RS e Brasil, o Movimento da Legalidade, liderado pelo governador Leonel Brizola (com o apoio do III Exército), que exigia o cumprimento da constituição e a posse de João Goulart.

João Goulart – PTB (1961 - 1964):
Adoção do sistema Parlamentarista, que deveria ser referendado por um plebiscito, tendo como Primeiro Ministro Tancredo Neves;
Realização do plebiscito (6 de janeiro de 1963): de um total de 12 milhões de votos, quase 10 milhões de cidadãos votaram contra o parlamentarismo;
Governo nacionalista e política externa independente;
Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social:
Buscar melhor distribuição das riquezas, atacando os latifúndios improdutivos.
Encampar as refinarias particulares de petróleo.
Reduzir a dívida externa brasileira.
Diminuir a inflação, mantendo o crescimento econômico.


João Goulart – PTB (1961 - 1964):
Comício da Central do Brasil no Rio de Janeiro (com a presença de 300 mil pessoas). Jango anuncia um conjunto de medidas denominadas de Reformas de Base:
Reforma Agrária;
Reforma Urbana;
Reforma Educacional;
Reforma Eleitoral;
Reforma Tributária.
Lei de remessas de lucro para o exterior.
Os trabalhadores começaram greves para pressionar os deputados e senadores a aprovarem as reformas, as classes dominantes, em oposição, organizavam ,em várias cidades, as Marchas com Deus pela Liberdade, em São Paulo a Marcha teve como uma de suas líderes a socialite Hebe Camargo.
Em 31 de março de 1964 começou o Golpe Militar em MG (gal Olímpio Mourão Filho, apoiado pelo governador Magalhães Pinto), que recebeu a adesão de unidades no RS, SP e GB. Em 1 de abril Jango deixou Brasília e rumou para Porto Alegre, onde Brizola, com o apoio da BM, tentou convence-lo inutilmente a resistir, ambos fugiram para o Uruguai.

Quando Jango chegou a Porto Alegre, Leonel Brizola, de fuzil na mão, já organizava a resistência, forçando o governador do RS, Ildo Meneghetti, a fugir para Passo Fundo, para onde transferiu a capital do estado e instaurou o seu governo.

O Golpe Militar no Brasil contou com o apoio dos EUA (Operação Brother Sam).